Diretora da Selos Consultoria ministra palestra sobre Compliance no SPurbanuss
Mais de 200 pessoas participaram do seminário “Novos Contratos de Concessão”, realizado pelo Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros de São Paulo – SPUrbanuss, no dia 06/11. Com o objetivo de debater sobre as obrigações e compromissos assumidos pelas empresas do setor devido a assinatura dos novos contratos de concessão, o evento contou com a participação da especialista em Compliance da Selos Consultoria, Andréa Antinoro, que explicou aos presentes todos os pormenores das novas exigências, bem como a importância da implantação de um novo comportamento, que fomenta frutos positivos para todos os envolvidos no segmento, desde a empresa até os usuários dos serviços oferecidos por elas.
Para Andréa, todos os indivíduos estão relacionados a construção de uma conduta . “Se a gente considera que essas exigências são complexas, eu posso informar a vocês que a exigência relacionada aos indivíduos dessas operadoras ainda é maior, pois é necessário
inserir nesse indivíduo um novo comportamento. Em qual indivíduo? Em todos. De cima para baixo, de dentro para fora, de fora para dentro”, explicou.
Segundo a especialista em Compliance da Selos Consultoria, não se direciona uma conduta sem que as pessoas acreditem nela, ou a adotem para si. “As pessoas são como as raízes de uma árvore dentro da instituição, os processos são como o tronco, o que dá sustentação. Na analogia do transporte eu poderia dizer que as folhas são os usuários, que oxigenam todo o processo pela demanda. E os frutos estão na remuneração desta operação tão desafiadora”, afirma Andréa Antinoro.
Exemplo que vem de cima
“Existe um termo usado pelo mercado que chama-se Compliance de fachada. Eu digo para vocês que não adianta. Não adianta pensar que um Compliance de fachada vai resolver o problema e fazer com que o Estado aceite esse programa e não te puna. Há uma previsão na Lei que se você não apresentar um programa de Compliance que seja efetivo, você será multado. O programa light é uma tentativa de burlar a Lei. Por si só, ele é uma falta de integridade ou uma tentativa de corrupção a essa exigência legal”, pontua Andréa Antinoro.
“A gente tem que fazer de verdade, não dá pra fazer de mentirinha. Tem que ter esforço, iniciativa, engajamento. Tem que ter comprometimento da alta direção, pois se a alta direção não estiver envolvida, os colaboradores não vão aplicar o programa. Compliance é exemplo de integridade. Se você falar que tem que fazer o certo e fizer errado, ninguém fará a coisa certa porque o exemplo vem de cima.”, explicou a diretora da Selos Consultoria.
Na apresentação de Andréa, foram abordadas várias cláusulas e termos que precisam ser incorporadas na criação de um programa de Compliance, como a criação de comitês de compliance, códigos de ética e de uma política de consequências, pois, para dar efetividade a
esse programa, é necessário instituir sanções àqueles que descumpram com as normas estabelecidas.
A especialista em Compliance explicou que o processo trata-se também de uma disposição de prevenir, pois, no contexto de São Paulo, ainda que seja o programa de Compliance seja compulsório por estar previsto em contrato, não houve nenhum fato que pudesse obrigar essa ação de forma mais incisiva, como escândalos de corrupção que exigem das empresas ações mais enérgicas e imediatas. “Como diz o ditado popular: ‘aprende-se pelo amor ou pela dor’. E eu pergunto: Por onde você quer começar? Eu sugiro que pelo amor ainda”, conclui Andréa Antinoro.
A palestra completa da diretora executiva da Selos pode ser acessada aqui.
Com informações de SPurbanuss.